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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A Sua - Marisa Monte

Essa Música é muito linda, uma letra que faz muita gente voar...

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Eu só quero que você saiba
Que estou pensando em você
Agora e sempre mais
Eu só quero que você ouça
A canção que eu fiz pra dizer
Que eu te adoro cada vez mais
E que eu te quero sempre em paz

Tô com sintomas de saudade
Tô pensando em você
E como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem

Eu só quero que você caiba
No meu colo
Porque eu te adoro cada vez mais
Eu só quero que você siga
Para onde quiser
Que eu não vou ficar muito atrás

Tô com sintomas de saudade
Tô pensando em você
E como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem

Eu só quero que você saiba
Que estou pensando em você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem
E que eu te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Indios Americanos


Sou muito fã da cultura indígina dos EUA, tenho várias fotos sempre estarei postando algumas aqui...

terça-feira, 26 de junho de 2007

Pérolas do ENEM (nova safra)




Pérolas do ENEM (nova safra 2004):Os comentários também são divertidos, pelo menos alguns...
1) - Lavoisier foi guilhotinado por ter inventado o oxigênio. (Já imaginou?)
2) - A harpa é uma asa que toca. (Imagine a definição para Trombone de Vara...)
3) - O vento é uma imensa quantidade de ar. (Não tinha pensado nisso...)
4) - O terremoto é um pequeno movimento de terras não cultivadas. (Só faltou completar que esse movimento é um braço armado do MST!)
5) - Os egípcios antigos desenvolveram a arte funerária para que os mortos pudessem viver melhor. (Nada mais justo. Não dá para viver a eternidade desconfortavelmente...)
6) - Péricles foi o principal ditador da democracia grega. (Isso. E Stalin foi o principal seguidor de Mahatma Ghandi... )
7) - O problema fundamental do terceiro mundo é a superabundância de necessidades. (deve ter raciocinado com abundância e não com o cérebro...)
8) - O petróleo apareceu há muitos séculos, numa época em que os peixes se afogavam dentro d'água. (Sim, por isto o Petróleo é preto. Está de luto...)
9) - A principal função da raiz é se enterrar. (Profunda!!! )
10) - A igreja, ultimamente, vem perdendo muita clientela. (Podemos concluir que a culpa é do Papa, que seria o VP de Marteking! E a Companhia de Jesus, seria a mais antiga das SA's)
11) - O sol nos dá luz, calor e turistas. (Esse com certeza é cearense ou baiano. )
12) - As aves tem na boca um dente chamado bico.(É para ficar de queixo caído! Ou melhor, de porta bicos caído...)
13) - A unidade de força é o Newton, que significa a força que se tem que realizar em um metro da unidade de tempo, no sentido contrário. (Simples, não???)
14) - Lenda é toda narração em prosa de um tema confuso. (Assim, todo discurso de político é uma Lenda. )
15) - O nervo ótico transmite idéias luminosas ao cérebro. (Se o cara é vesgo, o nervo dele deve transmitir idéias tortas e sombreadas...)
16) - A febre amarela foi trazida da China por Marco Polo. (Se Marco Polo tivesse viajado para a África, teria sido a peste negra, então..)
17) - Os ruminantes se distinguem dos outros animais porque o que comem, comem por duas vezes. (Impressionante!!!.)
18) - O coração é o único órgão que não deixa de funcionar 24 horas por dia. (Ufa... que alívio! Já o cérebro?!)
19) - Quando um animal irracional não tem água para beber, só sobrevive se for empalhado. (Superou qualquer expectativa...)
20) - A insônia consiste em dormir ao contrário. (Perfeito. Morrer deve ser viver ao contrário...)
21) - A arquitetura gótica se notabilizou por fazer edifícios verticais. (Melhor pular essa.... )
22) - A diferença entre o Romantismo e o Realismo é que os românticos escrevem romances e os realistas nos mostram como está a situação do país. (É... E ainda faltam muitas para comentar.... )
23) - O Chile é um país muito alto e magro. (Coitada da Espanha...)
24) - As múmias tinham um profundo conhecimento de anatomia. (Essa deve ser a mais "marcante" de todas. )
25) - O batismo é uma espécie de detergente do pecado original. (Já a confissão poderia ser o sabonete, para uso diário... )
26) - Na Grécia a democracia funcionava muito bem porque os que não estavam de acordo se envenenavam. (Pensando bem, não é má idéia...)
27) - A prosopopéia é o começo de uma epopéia. (E a centopéia???)



É isso aí galera depois tem mais...



segunda-feira, 25 de junho de 2007

GRANDE EDGAR ( Luiz Fernando Veríssimo)
Já deve ter acontecido com você.
- Não está se lembrando de mim?
Você não está se lembrando dele. Procura, freneticamente, em todas as fichas armazenadas na memória o rosto dele e o nome correspondente, e não encontra. E não há tempo para procurar no arquivo desativado. Ele está ali, na sua frente, sorrindo, os olhos iluminados, antecipando a sua resposta. Lembra ou não lembra?
Neste ponto, você tem uma escolha. Há três caminhos a seguir.
Um, o curto, grosso e sincero.
- Não.
Você não está se lembrando dele e não tem por que esconder isso. O “Não” seco pode até insinuar uma reprimenda à pergunta. Não se faz uma pergunta assim, potencialmente embaraçosa, a ninguém, meu caro. Pelo menos não entre pessoas educadas. Você devia ter vergonha. Não me lembro de você e mesmo que lembrasse não diria. Passe bem.Outro caminho, menos honesto mas igualmente razoável, é o da dissimulação.
- Não me diga. Você é o... o...
“Não me diga”, no caso, quer dizer “Me diga, me diga”. Você conta com a piedade dele e sabe que cedo ou tarde ele se identificará, para acabar com a sua agonia. Ou você pode dizer algo como:
- Desculpe deve ser a velhice, mas...
Este também é um apelo à piedade. Significa “Não torture um pobre desmemoriado, diga logo quem você é!” É uma maneira simpática de dizer que você não tem a menor idéia de quem ele é, mas que isso não se deve à insignificância dele e sim a uma deficiência de neurônios sua.E há o terceiro caminho. O menos racional e recomendável. O que leva à tragédia e à ruína. E o que, naturalmente, você escolhe.
- Claro que estou me lembrando de você!
Você não quer magoá-lo, é isso. Há provas estatísticas que o desejo de não magoar os outros está na origem da maioria dos desastres sociais, mas você não quer que ele pense que passou pela sua vida sem deixar um vestígio sequer. E, mesmo, depois de dizer a frase não há como recuar. Você pulou no abismo. Seja o que Deus quiser. Você ainda arremata:
- Há quanto tempo!
Agora tudo dependerá da reação dele. Se for um calhorda, ele o desafiará.
- Então me diga quem eu sou.
Neste caso você não tem outra saída senão simular um ataque cardíaco e esperar, falsamente desacordado, que a ambulância venha salvá-lo. Mas ele pode ser misericordioso e dizer apenas:- Pois é.
Ou:
- Bota tempo nisso.
Você ganhou tempo para pesquisar melhor a memória. Quem é esse cara, meu Deus? Enquanto resgata caixotes com fichas antigas do meio da poeira e das teias de aranha do fundo do cérebro, o mantém à distância com frases neutras como “jabs” verbais.
- Como cê tem passado?
- Bem, bem.
- Parece mentira.
- Puxa.
(Um colega da escola. Do serviço militar. Será um parente? Quem é esse cara, meu Deus?)
Ele está falando:
- Pensei que você não fosse me reconhecer...
- O que é isso?!
- Não, porque a gente às vezes se decepciona com as pessoas.
- E eu ia esquecer você? Logo você?
- As pessoas mudam. Sei lá.
- Que idéia!
(É o Ademar! Não, o Ademar já morreu. Você foi ao enterro dele. O... o... como era o nome dele? Tinha uma perna mecânica. Rezende! Mas como saber se ele tem uma perna mecânica? Você pode chutá-lo, amigavelmente. E se chutar a perna boa? Chuta as duas. “Que bom encontrar você!” e paf, chuta uma perna. “Que saudade!” e paf, chuta a outra. Quem é esse cara?)
- É incrível como a gente perde contato.
- É mesmo.
Uma tentativa. É um lance arriscado, mas nesses momentos deve-se ser audacioso.
- Cê tem visto alguém da velha turma?
- Só o Pontes.
- Velho Pontes!
(Pontes. Você conhece algum Pontes? Pelo menos agora tem um nome com o qual trabalhar. Uma segunda ficha para localizar no sótão. Pontes, Pontes...)
- Lembra do Croarê?
- Claro!
- Esse eu também encontro, às vezes, no tiro ao alvo.
- Velho Croarê!
(Croarê. Tiro ao alvo. Você não conhece nenhum Croarê e nunca fez tiro ao alvo. É inútil. As pistas não estão ajudando. Você decide esquecer toda a cautela e partir para um lance decisivo. Um lance de desespero. O último, antes de apelar para o enfarte.)
- Rezende...
- Quem?
Não é ele. Pelo menos isso está esclarecido.
- Não tinha um Rezende na turma?
- Não me lembro.
- Devo estar confundindo.
Silêncio. Você sente que está prestes a ser desmascarado.
- Sabe que a Ritinha casou?
- Não!
- Casou.
- Com quem?
- Acho que você não conheceu. O Bituca.
Você abandonou todos os escrúpulos. Ao diabo com a cautela. Já que o vexame é inevitável, que ele seja total, arrasador. Você está tomado por uma espécie de euforia terminal. De delírio do abismo. Como que não conhece o Bituca?
- Claro que conheci! Velho Bituca...
- Pois casaram...
É a sua chance. É a saída. Você passa ao ataque.
- E não me avisaram nada?!
- Bem...
- Não. Espera um pouquinho. Todas essas coisas acontecendo, a Ritinha casando com o Bituca, o Croarê dando tiro, e ninguém me avisa nada?!
- É que a gente perdeu contato e...
- Mas o meu nome está na lista, meu querido. Era só dar um telefonema. Mandar um convite.
- É...
- E você ainda achava que eu não ia reconhecer você. Vocês é que esqueceram de mim!
- Desculpe, Edgar. É que...
- Não desculpo não. Você tem razão. As pessoas mudam...
(Edgar. Ele chamou você de Edgar. Você não se chama Edgar. Ele confundiu você com outro. Ele também não tem a mínima idéia de quem você é. O melhor é acabar logo com isso. Aproveitar que ele está na defensiva. Olhar o relógio e fazer cara de “Já?!”)
- Tenho que ir. Olha, foi bom ver você, viu?
- Certo, Edgar. E desculpe, hein?
- O que é isso? Precisamos nos ver mais seguido.
- Isso.
- Reunir a velha turma.
- Certo.
- E olha, quando falar com a Ritinha e o Mutuca...
- Bituca.
- E o Bituca, diz que eu mandei um beijo. Tchau, hein?
- Tchau, Edgar!
Ao se afastar, você ainda ouve, satisfeito, ele dizer “Grande Edgar”. Mas jura que é a última vez que fará isso. Na próxima vez que alguém lhe perguntar “Você está me reconhecendo?” não dirá nem não. Sairá correndo.